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NÃO SE APRESSE

"Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver escrito nas escrituras sagradas. Não se apresse em acreditar em nada só porque um professor famoso disse. Não acredite em nada apenas porque a maioria concordou que é a verdade. Não acredite em mim. Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo."

(Siddartha Gautama, o Buddha, Kalama Sutra 17:49)


INSTITUTO ESPIRITUALISTA DE AUTOCONHECIMENTO FELICIDADE SUPREMA – OBJETIVOS:

O Instituto Espiritualista de Autoconhecimento Felicidade Suprema é uma instituição sem fins lucrativos, eclética e universalista, não dogmática, que propõe as seus membros afiliados um caminho para o encontro da felicidade suprema, ou seja: a felicidade genuína.
Entendemos que a felicidade genuína é um direito por nascimento de toda a humanidade e ela encontra-se no interior de todas as pessoas. Todas as religiões, filosofias e caminhos buscam, de formas diversas, acessarem esta felicidade que já temos, mas que, devido à ilusão deste mundo e do ego encontra-se obnubilada em nosso interior.
Tudo que precisamos fazer é descobri-la interrompendo comportamentos que impedem a felicidade natural, inata, e, ao pararmos de piorar as circunstâncias a felicidade começa a brotar naturalmente.
Para desvendarmos a felicidade suprema – genuína – dentro de nós usamos de várias ferramentas, sendo uma das mais importantes a meditação solitária e, também, ritualística. Uma outra ferramenta importante é a bebida sacramental enteógena Ayahuasca, consagrada em sessões especiais, pois nesta época atual em que vivemos nos encontramos fortemente “encouraçados” pelo ego, ficando muito difícil ao cidadão moderno um vislumbre do real, da felicidade que já temos, mas que se encontra fortemente “engarrafada” pelo ego. Após a quebra desta armadura (facilitada pela Ayahuasca) composta pelo ego e falsos paradigmas, passamos por um processo de autoconhecimento, reprogramação mental introjectiva e pelo treinamento da mente em 7 etapas.
Então, após estas etapas o neófito estará de posse de uma mente proativa e equilibrada, de uma ferramenta exemplar que o fará trilhar pelo caminho da espiritualidade perseverantemente, sem jamais desistir, não se importando com o que acontece “lá fora”, ou seja, com os eventos circunstanciais. Acreditamos que nada – nada mesmo – acontece do lado de fora, pois o mundo, as pessoas e circunstancias são nossos espelhos, projeções de nosso próprio interior. Mudando-se o nosso interior (inconsciente), todo o exterior muda na mesma proporção.
Respeitamos todas as religiões e filosofias e estudamos todos os mestres autênticos do passado e presente, unindo assim ciência, arte, religião (religare) e filosofia.
Se você sentiu o chamado em seu coração junte-se a nós nessa jornada maravilhosa que nos conduz à iluminação da felicidade suprema.


“Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê!” (Marcos, 9:23).




RITUAL DE CURA, DEVOÇÃO E GRATIDÃO AO SER SUPREMO

Neste ritual ao redor da fogueira agradecemos ao Criador do Universo pelo dom da vida, por estarmos respirando sem aparelhos e por tudo que Ele nos tem fornecido abundantemente.
Após o ritual do silêncio – lembre-se: o silêncio é uma prece -, deitados em colchonetes, na Força do enteógeno, em estado introspectivo e em estado alterado de consciência, passamos à audição dos hinos de poder das várias etnias do planeta, mantras hindus, tibetanos e hinos nacionais.
Com o poder das músicas das esferas, dos mantras e hinos de cura uma sinergia maravilhosa ocorre com a Força do Yagé. Passamos a nos conhecer em todos os aspectos da vida, os insights ocorrem, os chacras são equilibrados e a saúde física, mental e emocional são restabelecidas.
Toda cura e equilíbrio são proporcionados graças à Força sacramental do Yagé que, com a abertura dos portais interdimencionais proporcionados pelo sacramento, somos assistidos pelos mestres ascensionados, mentores, e os seres divinais da Loja Branca que, por misericórdia e compaixão, assistem àqueles que pedem com devoção e o coração aberto.
Assim, deste modo, reequilibrados em nossos corpos físico, mental e espiritual podemos auxiliar aos nossos irmãos (ãs) que sofrem, mostrando-lhes que tudo na vida tem uma solução e que, a raiz de todo sofrimento está calcada na ignorância; ou seja, ignorância da existência do Amor incondicional emanado do Criador por intermédio dos seres de Luz que nos rituais se fazem presentes por amor e compaixão.
Lembre-se: O Criador é perfeito e tudo o que criou é perfeito! Esta perfeição esta dentro de nós e, tudo o que foge disto, é devido à ilusão engendrada pelo ego.
Saia da escravidão do ego, saia da ilusão, da “matrix” e venha para a vida plena da Luz, Amor, Paz e Devoção.
Convido-o a participar deste encontro que, com certeza, após esta verdadeira vivência, sua vida jamais será a mesma.
Um grande abraço fraterno.
 

Mais informaçõesfelicidadesuprema@uol.com.br


REPROGRAMAÇÃO MENTAL INTROJECTIVA - RMI® -

Se 95% das pessoas que lêem livros de auto-ajuda e vão a seminários não conseguem obter sucesso com que aprendem é porque precisam mudar seus padrões mentais e amordaçar o “terrorista interno” que sabota seus esforços.
Como se faz isso? Simples. Com RMI® (Reprogramação Mental Introjectiva) podemos mudar esses padrões (programas negativos) e instalar novos, bem melhores. Ao fazermos isso teremos muito mais proveito de tudo o que aprendemos com os livros de auto-ajuda, seminários etc, pois não teremos mais aquela voz interna a sabotar nossos esforços.
Precisamos mudar internamente antes que qualquer mudança externa efetiva possa acontecer. Com a RMI® podemos fazer isso. A Reprogramação Mental Introjectiva muda nossos padrões mentais negativos, automáticos e condicionados, nossas crenças e ações que nos impedem de crescer e prosperar em todos os aspectos.
A RMI® muda facilmente a sua voz interna que o impede de ir adiante, suas imagens mentais negativas, emoções destrutivas (ódio, ciúme, mágoa etc) para que aconteçam mudanças profundas em sua vida. Imagine você substituindo bloqueios, traumas, timidez e medo por coragem, fé e determinação. Com a RMI® você será algo completamente diferente. Você terá mais confiança em si mesmo, entusiasmo e motivação para visualizar seus objetivos e lutar por eles.
Após a reprogramação de seus padrões negativos você terá todas as condições do mundo para visualizar, imaginar o seu objetivo e focalizá-lo até consegui-lo. Antes da reprogramação você até poderá criar uma imagem mental bastante vívida de seu objetivo, mas será quase que impossível concretizá-lo, pois a voz, o “terrorista interno”, irá interpor-se entre você e o seu objetivo. A voz surgirá em sua mente e, sutilmente, sussurrará: “Você não vai conseguir”; “Desista, não adianta tentar novamente”; “Isso é idiotice, você está fazendo papel de bobo”; “Não vai funcionar”; “Você é burro”; “Você é atrapalhado”; “Não adianta convidá-la para sair, ela não vai topar”; “Isso é muito difícil”; “Você precisa de um cigarrinho”; “Você está nervoso, tome uma cerveja que é relaxante”; “Isso vai levar a vida toda” etc. O motivo dessa voz é que todas as vezes que você tenta algo novo o seu inconsciente tentará protegê-lo de um novo fracasso. Seu inconsciente vai suscitar lá do fundo um momento parecido em que você fracassou e, para preservá-lo de uma nova frustração, irá BLOQUEÁ-LO para que você não tente novamente. É por isso que sem a Reprogramação Mental Introjectiva (RMI®) será muito difícil você conquistar algo, você nadará, nadará e morrera na praia!
Desse modo, se você não mudar, continuará a obter os resultados de sempre. Não há maior loucura do que fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes. Pense nisso. Fazendo a Reprogramação Mental Introjectiva (RMI®) você passará ao controle de si mesmo, do computador mais poderoso que existe, que é a sua mente e seu cérebro; você conseguirá o controle de suas emoções e irá focar o seu objetivo, através de uma imagem mental vívida, até consegui-lo.
Você pode ouvir o Cd de RMI® em sua casa, escritório, trabalho, carro, dormindo (que agiliza a reprogramação) ou, ainda, nas sessões de RMI® em estado alterado de consciência.
A vantagem da sessão de RMI® é que a reprogramação do inconsciente é bem mais rápida e poderosa, facilitada pela expansão da consciência que acessa o conteúdo do inconsciente, aflorando-o à superfície, o que torna a implantação de padrões positivos bem mais eficientes.
Em nossas Sessões unimos o que quase nenhuma religião ou instituição faz, ou seja, trabalhamos de forma integrada o corpo físico, mental e espiritual. E nestas sessões, somos amparados e auxiliados por todos os mestres e mentores extrafísicos do passado e presente que, por compaixão, auxiliam àqueles que sinceramente desejam melhorar, se curar, em todos os aspectos da existência: física, mental e espiritual. Tudo isto para honra e glória do Criador, nosso Pai/Mãe – O GRANDE FOCO – Arquiteto do Universo.
Se sentiu o chamado em seu coração, não demore, AGENDE UMA SESSÃO conosco.

Para mais informações baixe o e-book Grátis "Imaginação é Poder!"
 
O QUE TRAZER PARA AS SESSÕES DE RMI® OU RITUAIS?




- Uma mente aberta e receptiva e com sentimento de humildade e gratidão por ter tido o privilégio de encontrar este caminho libertador

- Venha com tempo de sobra, pois só será permitida a saída uma hora depois do término da sessão ou ritual, se não tiver tempo, venha numa outra ocasião em que você terá tempo disponível de sobra. Agradecemos a compreensão.

- Traga colchonete, travesseiros, cobertores – faz frio na chácara

- Um alimento saudável como frutas, sucos naturais, bolos integrais para compartilhar ao final, quando fazemos a confraternização e troca de insights


QUAL A ROUPA ADEQUADA PARA A SESSÃO OU RITUAL?

O bom senso pede roupas leves e confortáveis de moleton, pois os rituais são feitos todo o tempo deitado ou sentado.

Homens: camisa preferencialmente branca ou clara e calça comprida da mesma cor, branca ou clara

Mulheres: blusa sem decote preferencialmente branca ou clara e vestido longo, abaixo dos joelhos.


COMO DEVO ME PREPARAR PARA O RITUAL?

- Três dias antes e após o ritual abster-se de relações sexuais, comidas pesadas e gordurosas, e evitar carnes. Alimente-se de forma frugal, como frutas, verduras, tome sucos naturais e coma cereais integrais. Agindo assim, você terá tudo para ter 100% de aproveitamento da sessão.


AVISO IMPORTANTE: Antes de participar da sessão é necessário confirmar presença por E-mail e, também, passar pela anamnese, que também pode ser feita por E-mail. Menores de idade só podem participar acompanhados dos pais ou responsáveis.
E-mail para confirmação de presença e anamnese: felicidadesuprema@uol.com.br

PREENCHA A FICHA E ENVIE PARA O EMAIL: felicidadesuprema@uol.com.br

Ayahuasca - o que é?


PESQUISAS E CIÊNCIA - por: Luis Pereira

O Yagé ou Ayahuasca , também conhecida como Vegetal pela União do Vegetal ou chá do Santo Daime é uma bebida sagrada feita através do cozimento de um cipó chamado Mariri (Banisteriopsis Caapi) e das folha da Chacrona (Psicotria Viridis).

A Ayahuasca, também conhecida como o Vinho da Alma (Aya=Alma, Huasca=Vinho), é utilizada de forma sacramental em diversos grupos religiosos com objetivo de se atingir um estado ampliado de consciência. Neste estado é possível uma comunhão e uma integração intensa com o Cosmos, com a Natureza e com o Criador. Existem milhares de relatos de experiências maravilhosas alcançadas com o uso da Ayahuasca, tais como: sentimentos intensos de felicidade, visões, compreensões da psicologia humana, reestruturação da família, estados de êxtase espiritual, samadhi, viagens astrais, melhoria do caráter, libertação de drogas como o cigarro, a bebida e outros casos de sucesso com recuperação de dependentes de drogas químicas.

O efeito alcançado pela Ayahuasca é devido a um processo bioquímico natural que ocorre no cérebro. Normalmente os neurônios – as células nervosas do cérebro – liberam neurotransmissores para que os impulsos nervosos passem de um para outro carregando informações. Um desses neurotransmissores é a Serotonina. Mas, quando há muita Serotonina, entra em ação uma enzima monoaminoxidase, que destrói as moléculas para garantir o equilíbrio neurológico. Os alcalóides presentes no cipó Mariri impedem a formação dessa enzima, assim, sobra serotonina, o que intensifica as visões e provoca o estado ampliado de consciência. A folha da Chacrona é também muito rica em uma substância chamada Dimetiltriptamina (DMT). Sua molécula é semelhante à da Serotonina e se encaixa nas regiões destinadas ao neurotransmissor, aumentando seu efeito. Após algumas horas o organismo produz mais enzimas que vão pouco a pouco eliminando a DMT e assim o efeito passa.

A Ayahuasca coloca o cérebro em estados ampliados de vibração, trabalhando de forma ótima e assim a pessoa alcança estados elevados de consciência. Ayahuasca não é droga, não cria dependência, não provoca estados alucinatórios desequilibrados, nem há perda de consciência, pelo contrário, o sentimento é de total controle, maior lucidez mental, controle do corpo, sabe-se perfeitamente onde se esta e o objetivo da experiência, que deve sempre ser orientado por um dirigente responsável através de um grupo religioso sério e legalmente constituído.
Cerca de vinte minutos após a ingestão da Ayahuasca a consciência se altera, mudando as ondas cerebrais. Normalmente ocorre redução da freqüência respiratória, diminuição do metabolismo, da pressão sanguínea, mudança de Ph, etc. e com isso aumenta-se a sensibilidade auditiva, olfativa, da visão e do tato. Neste nível a capacidade paranormal aflora espontaneamente, despertando os neurônios, aumentando a capacidade intelectual e criativa. Por vezes ocorre um estado chamado de ‘limpeza’, que é o nome dado ao processo de descondicionamento de antigas couraças, musculares e psíquicas; a "magia" está na oportunidade de se entender o porquê e o quê está sendo descondicionado, tanto no plano físico, como no plano do corpo astral e mental.

O resultado é a pacificação gradual da personalidade e da mente, diminuindo a ansiedade e o medo, equilibrando o sistema nervoso - razão e emoção – permitindo desta forma que o cérebro passe gradualmente de estados Beta (atividade normal) para ondas Allfa (relaxamento) e chegando aos profundos estados Teta, onde ocorrem as experiências de êxtase místico-espiritual.

Naturalmente isto faz com que aumente o nível de criatividade, de inteligência e de equilíbrio, dando à pessoa um inegável aumento de sua auto-estima, uma vez que ela se torna mais intuitiva, mais perceptiva, começando a vencer barreiras no aprendizado das coisas que antes tinha dificuldades, ampliando suas possibilidades de atuação na vida e na relação com o próximo.

Diversos estudos realizados pelas entidades que comungam a Ayahuasca certificam que os usuários se tornam pessoas equilibradas, com saúde, ótima memória, possuem facilidade de aprendizado, maior paz de espírito, um profundo respeito pela natureza, e buscam de forma equilibrada promover a paz e a harmonia entre os povos.
fonte:

http://www.universomistico.org








DICAS PARA SE CHEGAR AO INSTITUTO FELICIDADE SUPREMA – CAMPO LIMPO PAULISTA/SP.

PARA QUEM VEM DE SÃO PAULO/SP. 

Venha pela Rodovia Anhanguera, e, ao chegar em Cajamar/Jordanésia, saia pela saída 38, à sua direita, e siga sentido Campo Limpo Paulista/SP. Você já estará na Rodovia Edgar Máximo Zambotto. Aí é só seguir até o Km 53 (atente para a placa que marca o km, que estará visível somente para quem vem em sentido contrário). Interessante é, ao chegar no Km 50, já ir verificando no veículo (medidor de KM) mais 3 quilômetros. Passando o km 50 da entrada da chácara do Yuri, para quem conhece, ( Viveiro Raiz Forte), trafegue mais 3 km até chegar ao KM 53 da mesma rodovia Edgar Máximo Zambotto.
Do lado esquerdo você verá a plaqueta "KM 53" próxima a uma palmeira, só que ela é visível para quem vem em sentido contrário, a placa está de costas pra quem vem de São Paulo. Saia no acostamento e entre na Estrada dos Rochas (ou Estrada Municipal), à direita, marque em seu veículo mais ou menos 3 quilômetros, que é o que você irá trafegar até chegar ao sítio. Siga sempre RETO. NÃO ENTRE PELA ESTRADA DOS CRISTAIS, SIGA RETO. A estrada é de terra, mas em boas condições. Faz um pouco de poeira, mas acredito que não fará mal algum, aliás a terra tem cheiro bom e é curadora! (relax).
Passando o Canil DESATIVADO “DANDARA” (sic), QUE ESTA À VENDA, já estará perto. Siga RETO, NÃO entre pela Estrada da Serra dos Cristais, siga sempre RETO pela Estrada dos Rochas (ou Municipal). Após uma longa descida e subida comece a olhar para seu lado direito, nos postinhos de luz, e procure pelo numeral 885.
O sítio é cercado por ciprestes, tem uma porteira rústica de arame farpado e estará aberta. A estradinha também é rústica, suba tranquilamente e siga mais uns 100 metros até a segunda casa no platô grande, e estacione ao fundo do platô ou ao lado.


Pronto! Você estará às portas do PARAÍSO E DA CURA!


QUEM VEM DE JARINÚ OU DO CENTRO DE CAMPO LIMPO PAULISTA É SÓ ENTRAR À ESQUERDA NO REFERIDO KM 53, PRONTO!

JUNDIAÍ: QUEM VEM DE JUNDIAÍ, PELO CASTANHO, É SÓ SEGUIR AS DICAS ACIMA ASSIM QUE ADENTRAR NA RODOVIA EDGAR MÁXIMO ZAMBOTTO.
OBS: CONVÉM IMPRIMIR ESTAS DICAS!

Beijabraços irmãos (ãs)!

Qualquer dúvida ligue: (11) 4812-4943
Celular: 9-7439-3650 - Vivo

Agnaldo

INSTITUTO FELICIDADE SUPREMA -  Entre para o nosso grupo do Facebook:


https://www.facebook.com/groups/felicidadesuprema/

Local: SÍTIO SANTA FÉ - Rodovia Edgar Máximo Zambotto, km 53 – Estrada dos Rochas, 885 - Jardim Santa Paula – BOTUJURU - Campo Limpo Paulista/SP.

Tudo para hora & glória do Ser Supremo!

"A felicidade só é Real quando compartilhada!"
Abraços fraternos a todos!

Agnaldo Barcaro

Email: felicidadesuprema@uol.com.br
Fones: 9-7439-3650

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Os Benefícios Proporcionados Pela Bebida Sacramental Ayahuasca

A polêmica entorno da bebida ayahuasca se dá devido à falta da vivência da experiência divina.
Pessoas de pouca fé comentam a respeito de experiências que não vivenciaram, observando o contexto de conceitos estabelecidos por uma vida conduzida pela ilusão. É possível que estas pessoas tenham tido até algumas experiências com a ayahuasca, porém, não existiu senão o confronto com a vibração em que estavam, o que nem sempre é agradável.
A experiência em Deus depende do ser em si, a ampliação consciencial, bem como o trabalho diário pelo amor através da devoção, pode trazer ao ser um estado de iluminação por diversos meios, como por exemplo, através da meditação.
Somente pessoas que passaram por experiências divinas com o uso da ayahuasca é que podem conhecer o valor da experiência e desta bebida. Na verdade, muitos seres precisam de mais tempo para reconhecer o valor da utilização deste veículo de ascensão consciencial.
Existe a necessidade do chá ayahuasca? Não há necessidade obrigatória da utilização de plantas de poder, mas sim, da energia necessária às transformações necessárias à experiência divina, com a abertura consciencial que é proporcionada rapidamente ao ser com a utilização da ayahuasca, ele pode mais rapidamente se adaptar e se conduzir para a experiência divina, o contato com o sagrado ser que habita nosso interior e tudo que existe.
A ayahuasca proporciona a abertura necessária à ampliação consciencial que nos leva a perceber a presença divina. É claro que cada qual deve perceber a necessidade do contato divino e o caminho que melhor se adapta às suas relações consigo e com o Todo. O samadhi descrito pelos iogues é conseguido através de práticas que acumulam energias, alguns xamãs usam a água e suas energias para obter esse contato, o tantra utiliza a energia sexual, alguns exercícios podem, se praticados com perfeição e dedicação, levar à abertura de nosso ser. A planta de poder fornece ao ser a energia necessária para a comunhão com o Pai-Mãe Amado.
É necessário a correta condução da energia para que se chegue onde se quer, pois o ser pode simplesmente utilizar a energia para tolices e futilidades e, desta maneira, o contato divino é adiado até que o ser decida-se a buscar a Deus.
A polêmica é justamente gerada pelos seres que, fazendo uso da ayahuasca, não conduzem energia com intenção em Deus e deparam-se com os seres que se alimentam das energias perdidas nas trilhas incertas da ilusão. Infelizmente, somente alguns enxergam a necessidade de mudar esta conduta e identificar-se com as leis divinas que regem o universo.
Os manipuladores que mantém o véu da ilusão se utilizam de alguns meios através dos quais tentam conduzir as atitudes das pessoas, a sociedade atual é comandada pela ilusão, através da conduta considerada apropriada (falsos padrões comportamentais já arraigados), a qual na verdade nos leva à perda da energia necessária à nossa busca do divino. Os manipuladores tem nos meios de comunicação seu maior instrumento de manipulação, sendo que, nem sempre é tarefa fácil perceber que os artifícios usados por eles tentam nos aproximar mais do mutável e perecível, afastando-nos do real e eterno. As pessoas agem mais seguindo aquilo que comanda a atual fase social que os manipuladores projetam na sociedade, como por exemplo a sensualidade, os jogos de paixões e conquistas, o misticismo que é a falsa busca de Deus, etc.
Para se entender um caminho dármico* é necessário almejar a conduta reta, seja ela conduzida por meio de plantas de poder ou não. A grande conquista que sentimos ao trilhar o caminho da planta de poder é a ampliação energética de nossas capacidades, o que nos leva rapidamente a perceber os defeitos de nossa personalidade, criados a partir da identificação com o meio em que vivemos, com o mutável, para, então, transformá-los e viver a experiência divina.
Por que o chá ayahuasca pode nos iluminar? Primeiramente a utilização do chá abrange três aspectos: a limpeza, a energização e a elevação.
A limpeza: existem seres que podem passar existências inteiras somente neste item, que é relacionado com a mudança de atitudes. Primeiramente existe uma necessidade de livrar o corpo de toxinas ingeridas pela alimentação inadequada, pelo fumo, álcool, drogas, etc. O corpo tratará de expurgar estas impurezas, mesmo que por meio de sofrimento, no caso de persistência no erro. Então, surge da consciência a necessidade de mudar atitudes que identificam-se com o mutável irreal, a ilusão, mostrando a necessidade de transformação. A mudança energética é a libertação, assim, a limpeza proporciona uma vida mais tranqüila e feliz.
A energização: a energização é feita quando os chakras estão livres das paixões e vícios do mundo dual, pois só assim a energia permanecerá, e caso contrário, ela se esvai com pensamentos e ações ilusórias. Quando os sete chakras giram cheios de energia, a essência liga-se ao Pai-Mãe Amado, atingindo a elevação que é a experiência divina. Este contato renova o ser e o ensina pela sabedoria infinita que se faz presente em cada célula física, astral e essencial que existe no ser.
A presença de ayahuasca nos oferece a energia necessária para a limpeza, energização e elevação, basta que queiramos o certo, o caminho que leva a Deus.
Benefícios Espirituais Proporcionados Pela Ayahuasca
O coração é o caminho onde encontrarás a margem do rio que te levará ao mar do infinito.
Quando por meio da concentração atingirmos a capacidade de agir energeticamente, nos transportando e atuando nos âmbitos que desejamos, realizaremos através da capacidade espiritual, sem que o corpo seja responsável por essa atitude, estaremos poupando em muito o tempo da nossa encarnação.
Exemplo: Para visitarmos alguém a quem precisamos ajudar, precisamos de um meio de locomoção e tempo para nos encaminhar até o local em que a pessoa se encontra, caso ela nos receba, existe uma chance de ajudá-la. Através da concentração podemos mentalmente enviar a ela nossa vibração harmônica, o que ajuda mais do que qualquer palavra. Podemos ainda desenvolver a capacidade de projeção e atuar junto à pessoa em nível astral.
Através da ayahuasca, você pode inteirar sua vida mais rapidamente ao poder divino e aprender a libertar-se de karmas e, ao ouvir seu coração, andará no caminho dármico. A ayahuasca fornece a energia necessária ao aprendizado de si mesmo e o espírito da verdade clareia o caminho a ser seguido quando usado em contexto religioso, por isso, destacamos a necessidade da condução da experiência pelo discernimento e pelo amor.
Perceba quando suas energias se concentram na evolução ou quando são apenas sugadas por coisas inúteis que ocupam seu pensamento, e saiba se conduzir evitando as pedras do caminho. Quem utiliza energia de maneira errada terá de responder por isso e devolver em igual intensidade, desta maneira, podemos nos libertar de karma ou gerar muito karma.

Benefícios Físicos Proporcionados Pela Ayahuasca

Esta energia poderosa circula por nossas células, revigorando nossos corpos físico e astral. Todo benefício espiritual está intimamente ligado ao benefício material, porque ação gera reação, as doenças só existem em conseqüência de nossas atitudes, quando estas seguem as leis divinas, nós nos identificamos com darma, e nos libertamos do karma, que é gerador de doenças.
Os milagres ocorrem do eterno ao mutável, quando o espírito aprende suas lições, ele se identifica com o darma, e não há necessidade de aprendizado pelo karma, pois o ser já sabe identificar-se com o imutável.
Uma mente mais saudável e equilibrada surge quando o caminho dármico é seguido, gerando saúde em todas as áreas de nosso ser.
O espírito são gera corpos sãos, a cada defeito que vencemos, ganhamos saúde, energia e equilíbrio.

Benefícios Mentais Proporcionados Pela Ayahuasca

A mente sã é aquela que equilibra a atuação dos seres nos mundos físico e astral, a mente não é a essência, mas sim um instrumento do crescimento da mesma.
Através da mente controlamos a energia que flui de um nível a outro, quando abusamos do poder mental levados pela inquietação e insatisfação, somos conduzidos ao desequilíbrio pelas forças ocultas negativas, que se alimentam da energia consumida indiretamente por linhas de pensamentos desgovernadas.
Toda atitude mental desequilibrada está ligada ao desejo ou ao apego, o que deu vazão à criação de uma ilusão que o ser alimenta com toda energia que pode captar. Somente quando se reconhece que se direciona mal a energia vital é que se modifica o desequilíbrio.
Por isso a ayahuasca deve ser utilizada de maneira criteriosa, conduzida espiritualmente por seres ascencionados, de forma que a energia não se esvai e sim, conscientiza. Desta maneira, o tratamento constante restabelece o discernimento e a capacidade de manter-se equilibrado, direcionando o ser para sua missão verdadeira, libertando-o da ilusão que consumia suas forças.

Irmãos de Órion.

Mensagem recebida em 09/11/99.
* O darma é a ação – pensar, falar e agir – com consciência e cumprimento das leis divinas. O ser que anda no caminho dármico já não gera reações, não está preso ao karma – onde há uma ação há uma reação correspondente -, caminha com leveza no mundo dual, identificando-se com o imutável em suas atitudes.




LEGISLAÇÃO SOBRE AYAHAUASCA

GRUPO MULTIDISCIPLINAR DE TRABALHO - GMT- AYAHUASCA

RELATÓRIO FINAL

I - INTRODUÇÃO

1. O CONAD é o órgão normativo do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD – e suas decisões “deverão ser cumpridas pelos órgãos e entidades da Administração Pública integrantes do Sistema” (arts. 3o, I, 4o, 4o, II e 7o, do Decreto no 3.696, de 21/12/2000). Assim, no exercício de sua competência legal aprovou parecer da CATC que, por sua vez, adotou pareceres do colegiado que o precedeu – o CONFEN – e abordou outros aspectos pertinentes ao tema “o uso religioso da ayahuasca” cumprindo destacar a observação final e as conclusões do parecer que o CONAD aprovou: “que fique registrado em ata, para fins, inclusive de utilização pelos interessados, que não pode haver restrição, direta ou indireta, às práticas religiosas das comunidades, baseada em proibição do uso ritual da Ayahuasca”.
2. O referido parecer concluiu: “a) a câmara ratifica as decisões anteriores do colegiado, com os aditamentos do presente parecer, conforme referido no ponto no 4; b) recomenda-se a consolidação, em separata, de todas as decisões supracitadas, para acesso e utilização dos interessados; c) a liberdade religiosa e o poder familiar devem servir à paz social, à qual se submete a autonomia individual; d) deve ser reiterada a liberdade do uso religioso da Ayahuasca, tendo em vista os fundamentos constantes das decisões do colegiado, em sua composição antiga e atual, considerando a inviolabilidade de consciência e de crença e a garantia de proteção do Estado às manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, com base nos arts. 5o, VI e 215, § 1o da Constituição do Brasil, evitada, assim, qualquer forma de manifestação de preconceito”.
3. A Resolução nº 05 – CONAD, de 10 de novembro de 2004, tem por objetivo contribuir para a plena implementação do que foi discutido e aprovado ”sobre o uso religioso da Ayahuasca”, e para tanto foi constituído o GMT que, assim, terá por premissas as questões decididas pelo CONAD, para laborar, com ampla liberdade, no “estudo do que é preciso fazer”, ou seja, na formulação de documento que “traduza a deontologia do uso da Ayahuasca”.
4. O Grupo Multidisciplinar de Trabalho, instituído pela Resolução nº. 5 CONAD, de 04 de novembro de 2004, para levantamento e acompanhamento do uso religioso da Ayahuasca, bem como para a pesquisa de sua utilização terapêutica, em caráter experimental, foi oficialmente instalado pelo Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e Presidente do Conselho Nacional Antidrogas, JORGE ARMANDO FELIX, em 30 de maio de 2006, no Palácio do Planalto, em Brasília-DF, e teve como objetivo final a elaboração de documento que traduzisse a deontologia do uso da Ayahuasca, como forma de prevenir seu uso inadequado.
5. AYAHUASCA, aqui, é referida de modo genérico, para manter a uniformidade do texto e a harmonia com a nomenclatura utilizada nos atos oficiais do CONAD, mas é conhecida por diversos outros nomes, conforme a comunidade que o usa no Brasil ou no Exterior, destacando-se as expressões mais conhecidas “HOASCA”, “SANTO DAIME” e “VEGETAL”, compostos, indistintamente, pelo cipó Banisteriopsis caapi (jagube, mariri etc) e pela folha Psychotria viridis (chacrona, rainha etc.).
6. Nos termos da referida Resolução, o GMT foi composto por seis estudiosos , indicados pelo CONAD, das áreas que atenderam, dentre outros, os seguintes aspectos: antropológico (representado pelo Dr. Edward John Baptista das Neves MacRae), farmacológico/bioquímico (Dr. Isac Germano Karniol), social (Drª Roberta Salazar Uchoa), psiquiátrico (Dr. Dartiu Xavier da Silveira Filho) e jurídico (Drª Ester Kosovski) e seis membros, convidados pelo CONAD, representantes dos grupos religiosos que fazem uso da Ayahuasca, eleitos em Seminário realizado em Rio Branco nos dias 9 e 10 de março de 2006, a saber: Linha do Padrinho Sebastião Mota de Melo: Alex Polari de Alverga; Linha do Mestre Raimundo Irineu Serra: Jair Araújo Facundes e Cosmo Lima de Souza; Linha do Mestre José Gabriel da Costa: Edson Lodi Campos Soares; Linha Independente (Outras Linhas): Luis Antônio Orlando Pereira e Wilson Roberto Gonzaga da Costa. Considerando que a linha do Mestre Daniel Pereira de Matos, popularmente conhecida como linha da Barquinha, decidiu não participar do GMT, conforme carta endereçada ao CONAD, foi realizada durante o seminário eleição entre os suplentes já eleitos das linhas presentes para o preenchimento da vaga em aberto. Nesta ocasião foi eleito mais um representante da linha do Mestre Raimundo Irineu Serra.
7. O GMT contou com o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas, representada pela Diretora de Políticas de Prevenção e Tratamento, Drª Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, e da Assessoria Executiva do CONAD, representada pelas Sras. Déborah de Oliveira Cruz e Maria de Lourdes Carvalho. Em suas reuniões ordinárias contou com o apoio do Dr. Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, Jurista, Membro Titular do CONAD e da Câmara de Assessoramento Técnico Científico, também representada pelo Dr. Marcelo de Araújo Campos e pela Drª Maria de Lourdes Zenel.
8. Além da primeira reunião em que os membros do GMT foram empossados, foram realizadas mais seis reuniões de trabalho na Sala de Reuniões da Secretaria Nacional Antidrogas, nos dias 28/06, 28/07, 28/08, 23 e 24/10 e 23/11, todas registradas em atas, durante as quais se discutiu a seguinte pauta: cadastramento das entidades; aspectos jurídicos e legais para regulamentação do uso religioso e amparo do direito à liberdade de culto; regulação de preceitos para produção, uso, envio e transporte da Ayahuasca; procedimentos de recepção de novos interessados na prática religiosa; definição de uso terapêutico e outras questões científicas; Ayahuasca, cultura e sociedade; e, sistematização do trabalho para elaboração do documento final.
9. O objetivo final do GMT, nos termos da Resolução nº 05/04, do CONAD, é identificar “o que é preciso fazer” para atender aos diversos itens que integram os direitos e obrigações pertinentes ao “uso religioso da Ayahuasca”. O “estudo” desse “o que é preciso fazer” constituiu-se, exatamente, nas atividades desenvolvidas pelo GMT, traduzindo, assim, a “deontologia do uso da Ayahuasca”: (deon, do grego: “o que é preciso fazer” + logos, também do grego: “estudo” ).


II - HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO DO USO DA AYAHUASCA

10. A instituição do Grupo Multidisciplinar de Trabalho expressa dever constitucional do Estado Brasileiro de proteger as manifestações populares e indígenas e garantir o direito de liberdade religiosa. Representa o coroamento do processo de legitimação do uso religioso da Ayahuasca no país, iniciado há mais de vinte anos, com a criação do 1º Grupo de Trabalho do CONAD (na época CONFEN), designado para examinar a conveniência da suspensão provisória da inclusão da substância Banisteriopsis caapi na Portaria nº 02/85, da DIMED (Resolução nº. 04/85, do CONFEN).
11. Este primeiro estudo, após dois anos, com a realização de várias pesquisas e visitas às comunidades usuárias em diversos Estados da Federação, principalmente ao Acre, Amazonas e Rio de Janeiro, resultou em extenso relatório , de setembro de 1987, subscrito pelo então Conselheiro do CONFEN, Doutor Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, Presidente do Grupo de Trabalho, que concluiu que as espécies vegetais que integram a elaboração da bebida denominada de Ayahuasca ficassem excluídas das listas de substâncias proscritas pela DIMED.
12. Esta conclusão foi aprovada pelo plenário do antigo Conselho Federal de Entorpecentes, em reunião de setembro de 1987, de sorte que a suspensão provisória da interdição do uso da Ayahuasca, levada a termo pela Resolução nº 06, do CONFEN, de 04 de fevereiro de 1986, tornou-se definitiva, com a exclusão da bebida e das espécies vegetais que a compõem das listas da DIMED.
13. A despeito disso, em 1991, em face de denúncia anônima, por iniciativa do então Conselheiro do CONFEN, Paulo Gustavo de Magalhães Pinto, Chefe da Divisão de Repressão a Entorpecentes do Departamento de Polícia Federal, a “questão do uso da Ayahuasca” foi reexaminada.
14. Disso resultou mais uma vez, por parte do CONFEN, a realização de estudos acerca do contexto de produção e do consumo da bebida, desenvolvidos pelo Doutor Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, o qual, em parecer conclusivo de 02/06/92, aprovado por unanimidade na 5ª Reunião Ordinária do CONFEN realizada na mesma data, considerou que não havia razões para alterar a conclusão proposta em 1987, no relatório final já mencionado .
15. Dez anos depois, em face de denúncias de uso inadequado da bebida Ayahuasca, a maior parte divulgada na imprensa e outras tantas dirigidas aos órgãos do Poder Público, notadamente CONAD, Polícia Federal e Ministério Público, fato que está amplamente documentado na consolidação das decisões e estudos do CONAD e de outras instituições acerca do uso da Ayahuasca, novo Grupo de Trabalho foi definido pela Resolução nº 26, de 31 de dezembro de 2002.
16. De acordo com esta resolução, o GT deveria ser composto por diversas instituições , com base no princípio da responsabilidade compartilhada, agora com o objetivo de fixar normas e procedimentos que preservassem a manifestação cultural religiosa, observando os objetivos e normas estabelecidas pela Política Nacional Antidrogas e pelos diplomas legais pertinentes. Não há registro de que este grupo tenha sido constituído.
17. Em 24 de março de 2004 o CONAD solicitou à Câmara de Assessoramento Técnico Científico a elaboração de estudo e parecer técnico-científico a respeito de diversos aspectos do uso da Ayahuasca, ocasião em que o referido órgão de assessoramento do CONAD emitiu parecer apresentado e aprovado na Reunião do CONAD de 17/08/04, o qual serviu de fundamento à Resolução nº 5, do CONAD, de 04/11/04, que institui o atual Grupo Multidisciplinar de Trabalho.

III - ANDAMENTO DAS REUNIÕES

18. A fim de atender aos termos da resolução que o instituiu, o GMT teve como primeira tarefa, depois de eleger o Presidente e o Vice-Presidente do Grupo, respectivamente Dr. Dartiu Xavier da Silveira Filho e Edson Lodi Campos Soares, a elaboração do Cadastro Nacional das Entidades Usuárias da Ayahuasca - CNEA.
19. Acerca desse tema, muitos foram os questionamentos levados em consideração pelo grupo, a começar pela finalidade do referido cadastro, que não deve servir de mecanismo de controle estatal sobre o direito constitucional à liberdade de crença (art. 5º, VI, CF). Discutiu-se também acerca de sua objetividade, de sorte que não constassem exigências que viessem a invadir o direito individual à intimidade, vida privada e imagem dos usuários (art. 5º, X, CF). Nesse sentido, chegou-se ao consenso de que responder ou não ao cadastro seria uma faculdade das entidades.
20. Fixados esses parâmetros, o formulário de cadastro foi colocado à disposição dos interessados, acompanhado de carta explicativa e cópia da Resolução nº. 05/04, do CONAD. Até a presente data foi cadastrada quase uma centena de entidades, dando também uma dimensão parcial das diversas práticas que são adotadas pelas entidades que fazem uso da Ayahuasca no Brasil. O cadastro continua disponível às entidades interessadas.
21. O GMT procurou destacar e consolidar as práticas que para as próprias entidades representam o uso religioso adequado e responsável, anteriormente estabelecidos na “Carta de Princípios”, resultado do 1º Seminário das entidades da Ayahuasca, realizado em Rio Branco em 24 de novembro de 1991. Nas discussões priorizaram-se os seguintes temas: definição de uso ritual, comércio, turismo, publicidade, associação da Ayahuasca com outras substâncias, criação de novos centros, auto-sustentabilidade das entidades, procedimentos de recepção de novos interessados, curandeirismo, uso terapêutico, assim como definição de mecanismos para tornar efetivos os princípios deontológicos formulados. A maior parte das deliberações do grupo foi consensual e estão sintetizadas no item V – Conclusão.

IV – TEMAS DISCUTIDOS

IV.I – USO RELIGIOSO DA AYAHUASCA

22. Ao longo de décadas o uso ritualístico da Ayahuasca – bebida extraída da decocção do cipó Banisteriopsis caapi (jagube, mariri etc.) e da folha Psychotria viridis (chacrona, rainha etc.) – tem sido reconhecido pela sociedade brasileira como prática religiosa legítima, de sorte que são mais do que atuais as conclusões de relatórios e pareceres decorrentes de estudos multidisciplinares determinados pelo antigo CONFEN, desde 1985, que constatavam que “há muitas décadas o uso da Ayahuasca vem sendo feito, sem que tenha redundado em qualquer prejuízo social conhecido” .
23. A correta identificação do que é uso religioso, segundo os conceitos e práticas ditadas, a partir das próprias entidades que fazem uso da Ayahuasca, permitirá assegurar a proteção da liberdade de crença prevista na Constituição Federal. Considerando a ocorrência de registros de uso não religioso da Ayahuasca, sua identificação possibilitará prevenir práticas que não se amoldam à proteção constitucional.
24. Trata-se, pois, de ratificar a legitimidade do uso religioso da Ayahuasca como rica e ancestral manifestação cultural que, exatamente pela relevância de seu valor histórico, antropológico e social, é credora da proteção do Estado, nos termos do art. 2o, “caput”, da Lei 11.343/06 e do art. 215, §1º, da CF. Devem-se evitar práticas que possam pôr em risco a legitimidade do uso religioso tradicionalmente reconhecido e protegido pelo Estado brasileiro, incluindo-se aí o uso da Ayahuasca associado a substâncias psicoativas ilícitas ou fora do ambiente ritualístico.

IV.II – COMERCIALIZAÇÃO

25. O GMT reconhece o caráter religioso de todos os atos que envolvem a Ayahuasca, desde a coleta das plantas e seu preparo, até seu armazenamento e ministração, de modo que seu praticante de tudo participa com a convicção de que pratica ato de fé e não de comércio. Daí decorre que o plantio, o preparo e a ministração com o fim de auferir lucro é incompatível com o uso religioso que as entidades reconhecem como legítimo e responsável.
26. Quem vende Ayahuasca não pratica ato de fé, mas de comércio, o que contradiz e avilta a legitimidade do uso tradicional consagrado pelas entidades religiosas.
27. A vedação da comercialização da Ayahuasca não se confunde com seu custeio, com pagamento das despesas que envolvem a coleta das plantas, seu transporte e o preparo. Tais custos de manutenção, conforme seja o seu modo de organização estatutária, são suportados pela comunidade usuária. E é evidente, também, que a produção da Ayahuasca tem um custo, que pode variar de acordo com a região que a produz, a quantidade de adeptos, a maior ou menor facilidade com que se adquire a matéria prima (cipó e folha), se se trata de plantio da própria entidade ou se as plantas são obtidas na floresta nativa, e tantas outras variáveis.
28. Historicamente, porém, de acordo com a experiência das entidades religiosas chamadas a compor o Grupo Multidisciplinar de Trabalho, esse custo é partilhado no seio da instituição por meio das contribuições dos membros de cada entidade. Os sócios respondem pelas despesas de manutenção da organização religiosa, nas quais estão incluídos os gastos com a produção da Ayahuasca, com prestação de contas regular.
29. O uso religioso responsável na produção da Ayahuasca é delineado a partir da constatação das práticas das entidades: a) cultivar as plantas e preparar a Ayahuasca, em princípio, para seu próprio consumo; b) buscar a sustentabilidade na produção das espécies; e, c) quando não possuir cultivo próprio e nenhuma forma de obtenção da matéria prima na floresta nativa – sem prejuízo de buscar a auto-suficiência em prazo razoável – nada obsta obter o chá mediante custeio das despesas tão somente, evitando-se que pessoas, grupos ou entidades se dediquem, com exclusividade ou majoritariamente, ao fornecimento a terceiros.

IV.III – SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO DA AYAHUASCA

30. A cultura do uso religioso da Ayahuasca, por se tratar de fé baseada em bebida extraída de plantas nativas da Floresta Amazônica, pressupõe responsabilidade ambiental na extração das espécies. As entidades religiosas devem buscar a auto-sustentabilidade na produção da bebida, cultivando o seu próprio plantio.

IV.IV – TURISMO

31. Turismo, como atividade comercial, deve ser evitado pelas entidades, que por se constituírem em instituições religiosas, não devem se orientar pela obtenção de lucro, principalmente decorrente da exploração dos efeitos da bebida.
32. A Constituição Federal garante o livre exercício dos cultos religiosos, que tem como conseqüência o direito à propagação da fé através do intercâmbio legitimo de seus membros. Neste sentido todos têm direito de professar a sua fé livremente e de promover eventos dentro dos limites legais estabelecidos. O que se quer evitar é que uma prática religiosa responsável, séria, legitimamente reconhecida pelo Estado, venha a se transformar, por força do uso descomprometido com princípios éticos, em mercantilismo de substância psicoativa, enriquecendo pessoas ou grupos, que encontram no argumento da fé apenas o escudo para práticas inadequadas.

IV.V - DIFUSÃO DAS INFORMAÇÕES

33. A publicidade da Ayahuasca também tem sido motivo de deturpações e abusos, notadamente na Internet. Observa-se, principalmente neste meio de comunicação, o oferecimento de toda espécie de cursos e oficinas remuneradas, cujo elemento central é o uso da Ayahuasca associado a promessas de experiências transformadoras descomprometidas com o ritual religioso.
34. A partir das experiências das entidades e de suas práticas rituais, verifica-se que o uso ritual responsável é incompatível com a publicidade e a oferta de promessas de curas milagrosas, de transformações pessoais arrebatadoras e com a indução das pessoas a acreditarem que a Ayahuasca é o remédio para todos os males. É consenso no GMT que quem faz uso religioso responsável não divulga informações que possam induzir as pessoas a terem uma imagem fantasiosa da Ayahuasca e trata do tema com discrição, sem fazer alardes dos efeitos da substância.

IV.VI - USO TERAPÊUTICO

35. Para fins deste relatório “terapia” é compreendida como atividade ou processo destinado à cura, manutenção ou desenvolvimento da saúde, que leve em conta princípios éticos científicos.
36. Tradicionalmente, algumas linhas possuem trabalhos de cura em que se faz uso da Ayahuasca, inseridos dentro do contexto da fé. O uso terapêutico que tradicionalmente se atribui à Ayahuasca dentro dos rituais religiosos não é terapia no sentido acima definido, constitui-se em ato de fé e, assim sendo, ao Estado não cabe intervir na conduta de pessoas, grupos ou entidades que fazem esse uso da bebida, em contexto estritamente religioso. Em outra condição se encontram aqueles que se utilizam da bebida fora do contexto religioso. Isto nada tem que ver com uso religioso, e tal prática não está reconhecida como legítima pelo CONAD, que se limitou a autorizar o uso da substância em rituais religiosos.
37. A utilização terapêutica da Ayahuasca em atividade privativa de profissão regulamentada por lei dependerá da habilitação profissional e respaldo em pesquisas científicas, pois de outra forma haverá exercício ilegal de profissão ou prática profissional temerária.
38. Qualquer prática que implique utilização de Ayahuasca com fins estritamente terapêuticos, quer seja da substância exclusivamente, quer seja de sua associação com outras substâncias ou práticas terapêuticas, deve ser vedada, até que se comprove sua eficiência por meio de pesquisas científicas realizadas por centros de pesquisa vinculados a instituições acadêmicas, obedecendo às metodologias científicas. Desse modo, o reconhecimento da legitimidade do uso terapêutico da Ayahuasca somente se dará após a conclusão de pesquisas que a comprovem.
39. Com fundamento nos relatos dos representantes das entidades usuárias, verificou-se que as curas e soluções de problemas pessoais devem ser compreendidas no mesmo contexto religioso das demais religiões: enquanto atos de fé, sem relação necessária de causa e efeito entre uso da Ayahuasca e cura ou soluções de problemas.

IV.VI - ORGANIZAÇÃO DAS ENTIDADES

40. O crescimento do uso da Ayahuasca e a facilidade com que se pode comprar a bebida de pessoas que a produzem sem compromisso com a fé têm levado ao surgimento de novas entidades, que não possuem experiência no lidar com a bebida e seus efeitos, assim como fazem mau uso da Ayahuasca, associando-a a práticas que nada têm a ver com religião. O uso ritual caracterizado pela busca de uma identidade religiosa se diferencia do uso meramente recreativo.
41. O uso religioso responsável da Ayahuasca pressupõe a presença de pessoas experientes, que saibam lidar com os diversos aspectos que envolvem essa prática, a saber: capacidade de identificar as espécies vegetais e de preparar a bebida, reconhecer o momento adequado de servi-la, discernir as pessoas a quem não se recomenda o uso, além de todos os aspectos ligados ao uso ritualístico, conforme sua orientação espiritual.
42. Embora se reconheça o ato de fé solitário e isolado, usualmente a prática religiosa se desenvolve coletivamente. É recomendável que os grupos constituam-se em organizações formais, com personalidade jurídica, consolidando a idéia de responsabilidade, identidade e projeção social, que possibilite aos usuários a prática religiosa em ambiente de confiança.

IV.VII - PROCEDIMENTOS DE RECEPÇÃO DE NOVOS ADEPTOS

43. Além dos princípios inerentes a cada uma das linhas doutrinárias na recepção de novos membros, é razoável e prudente que ao se ministrar a Ayahuasca seja levado em conta o relato de alterações mentais anteriores, o estado emocional no momento do uso e que eles não estejam sob efeito de álcool ou outras substâncias psicoativas.
44. Antes de ingerir pela primeira vez, o interessado deve ser informado acerca de todas as condições que se exigem para o uso da Ayahuasca, conforme a orientação de cada entidade. Uma entrevista prévia, oral ou escrita, deve ser realizada no sentido de averiguar as condições do interessado e a ele devem ser dados os esclarecimentos necessários acerca dos efeitos naturais da bebida.
45. É recomendável que cada entidade acompanhe os participantes até a finalização de seus rituais, excetuada a saída previamente solicitada em casos excepcionais e com a anuência do responsável.

IV.VIII – USO DA AYAHUASCA POR MENORES E GRÁVIDAS

46. Tendo em vista a inexistência de suficientes evidências cientificas e levando em conta a utilização secular da Ayahuasca, que não demonstrou efeitos danosos à saúde, e os termos da Resolução nº 05/04, do CONAD, o uso da Ayahuasca por menores de 18 (dezoito) anos deve permanecer como objeto de deliberação dos pais ou responsáveis, no adequado exercício do poder familiar (art. 1634 do CC); e quanto às grávidas, cabe a elas a responsabilidade pela medida de tal participação, atendendo, permanentemente, a preservação do desenvolvimento e da estruturação da personalidade do menor e do nascituro.

V - CONCLUSÃO:

a. Considerando que o CONAD, acolhendo parecer da Câmara de Assessoramento Técnico Científico, reconheceu a legitimidade do uso religioso da Ayahuasca, nos termos da Resolução nº 05/04, que instituiu o GMT para elaborar documento que traduzisse a deontologia do uso da Ayahuasca, como forma de prevenir seu uso inadequado;
b. Considerando que o GMT, após diversas discussões e análises, onde prevaleceu o confronto e o pluralismo de idéias, considerou como uso inadequado da Ayahuasca a prática do comércio, a exploração turística da bebida, o uso associado a substâncias psicoativas ilícitas, o uso fora de rituais religiosos, a atividade terapêutica privativa de profissão regulamentada por lei sem respaldo de pesquisas cientificas, o curandeirismo, a propaganda, e outras práticas que possam colocar em risco a saúde física e mental dos indivíduos;
c. Considerando que a dignidade da pessoa humana é princípio fundante da República Federativa do Brasil, e dentre os direitos e garantias dos cidadãos sobressai-se a liberdade de consciência e de crença como direitos invioláveis, cabendo ao Estado, na forma da lei, garantir a proteção aos locais de culto e a suas liturgias (CF, arts. 1º, III, 5º, VI);
d. Considerando a decisão do INCB (International Narcotics Control Board), da Organização das Nações Unidas, relativa à Ayahuasca, que afirma não ser esta bebida nem as espécies vegetais que a compõem objeto de controle internacional;
e. Considerando, por fim, que o uso ritualístico religioso da Ayahuasca, há muito reconhecido como prática legitima, constitui-se manifestação cultural indissociável da identidade das populações tradicionais da Amazônia e de parte da população urbana do País, cabendo ao Estado não só garantir o pleno exercício desse direito à manifestação cultural, mas também protegê-la por quaisquer meios de acautelamento e prevenção, nos termos do art. 2o, “caput”, Lei 11.343/06 e art. 215, caput e § 1º c/c art. 216, caput e §§ 1º e 4º da Constituição Federal.

O Grupo Multidisciplinar de Trabalho aprovou os seguintes princípios deontológicos para o uso religioso da Ayahuasca:

1. O chá Ayahuasca é o produto da decocção do cipó Banisteriopsis caapi e da folha Psychotria viridis e seu uso é restrito a rituais religiosos, em locais autorizados pelas respectivas direções das entidades usuárias, vedado o seu uso associado a substâncias psicoativas ilícitas;
2. Todo o processo de produção, armazenamento, distribuição e consumo da Ayahuasca integra o uso religioso da bebida, sendo vedada a comercialização e ou a percepção de qualquer vantagem, em espécie ou in natura, a título de pagamento, quer seja pela produção, quer seja pelo consumo, ressalvando-se as contribuições destinadas à manutenção e ao regular funcionamento de cada entidade, de acordo com sua tradição ou disposições estatutárias;
3. O uso responsável da Ayahuasca pressupõe que a extração das espécies vegetais sagradas integre o ritual religioso. Cada entidade constituída deverá buscar a auto-sustentabilidade em prazo razoável, desenvolvendo seu próprio cultivo, capaz de atender suas necessidades e evitar a depredação das espécies florestais nativas. A extração das espécies vegetais da floresta nativa deverá observar as normas ambientais;
4. As entidades devem evitar o oferecimento de pacotes turísticos associados à propaganda dos efeitos da Ayahuasca, ressalvando os intercâmbios legítimos dos membros das entidades religiosas com suas comunidades de referência;
5. Ressalvado o direito constitucional à informação, recomenda-se que as entidades evitem a propaganda da Ayahuasca, devendo em suas manifestações públicas orientar-se sempre pela discrição e moderação no uso e na difusão de suas propriedades;
6. A prática do curandeirismo é proibida pela legislação brasileira. As propriedades curativas e medicinais da Ayahuasca – que as entidades conhecem e atestam – requerem uso responsável e devem ser compreendidas do ponto de vista espiritual, evitando-se toda e qualquer propaganda que possa induzir a opinião pública e as autoridades a equívocos;
7. Recomenda-se aos grupos que fazem uso religioso da Ayahuasca que se constituam em organizações jurídicas, sob a condução de pessoas responsáveis com experiência no reconhecimento e cultivo das espécies vegetais sagradas, na preparação e uso da Ayahuasca e na condução dos ritos;
8. Compete a cada entidade religiosa exercer rigoroso controle sobre o sistema de ingresso de novos adeptos, devendo proceder entrevista dos interessados na ingestão da Ayahuasca, a fim de evitar que ela seja ministrada a pessoas com histórico de transtornos mentais, bem como a pessoas sob efeito de bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas;
9. Recomenda-se ainda manter ficha cadastral com dados do participante e informá-lo sobre os princípios do ritual, horários, normas, incluindo a necessidade de permanência no local até o término do ritual e dos efeitos da Ayahuasca.
10. Observados os princípios deontológicos aqui definidos, cabe a cada entidade e a seus membros indistintamente, no relacionamento institucional, religioso ou social que venham a manter umas com as outras, em qualquer instância, zelar pela ética e pelo respeito mútuo.

PROPOSIÇÕES:
1. QUANTO ÀS PESQUISAS DO USO TERAPÊUTICO DA AYAHUASCA EM CARÁTER EXPERIMENTAL:
a. Devem-se fomentar pesquisas cientificas abrangendo as seguintes áreas: farmacologia, bioquímica, clínica, psicologia, antropologia e sociologia, incentivando a multidisciplinaridade;
b. Sugere-se ao CONAD que promova e financie, a partir de 2007, pesquisas relacionadas com o uso e efeitos da Ayahuasca.

2. QUANTO À QUESTÃO AMBIENTAL E AO TRANSPORTE:
a. Sugere-se ao CONAD que considere a possibilidade de intercâmbio com o CONAMA, se possível lançando mão do auxílio das entidades religiosas, no sentido de estabelecer medidas de proteção às espécies vegetais que servem de matéria prima à Ayahuasca, por meio de legislação específica para essas plantas de uso ritualístico religioso, as quais não podem ser tratadas indistintamente como um produto florestal não madeireiro.
b. Sugere-se ao CONAD ainda, que faça os encaminhamentos devidos junto aos órgãos competentes do Estado, no sentido de regulamentar o transporte interestadual da Ayahuasca entre as entidades, ouvindo-se previamente os interessados.

3. QUANTO À EFETIVIDADE DOS PRINCÍPIOS DEONTOLÓGICOS:
a. Sugere-se ao CONAD que estude a possibilidade de fixar mecanismos de controle quanto ao uso descontextualizado e não ritualístico da Ayahuasca, tendo como paradigma os princípios deontológicos ora fixados, com efetiva participação de representantes das entidades religiosas.
b. Solicita-se ao CONAD apoio institucional para a criação de instituição representativa das entidades religiosas que se forme por livre adesão, para o exercício do controle social no cumprimento dos princípios deontológicos aqui tratados.
c. Sugere-se ainda, caso os princípios deontológicos aqui definidos sejam acatados, que disto seja dada ampla publicidade, preferencialmente com a realização de um segundo seminário organizado pelo próprio CONAD auxiliado pelo Grupo Multidisciplinar de Trabalho, do qual devem participar todas as entidades, sem prejuízo do encaminhamento formal do ato a todos os órgãos dos Ministérios Públicos e da Magistratura Federal e Estaduais, Polícia Federal e Secretarias de Segurança Pública dos Estados.
Brasília, 23 de Novembro de 2006.

Dartiu Xavier da Silveira Filho __________________________________________
Presidente do GMT – Representante do CONAD
Edson Lodi Campos Soares ____________________________________________
Vice-Presidente do GMT - Representante de Mestre José Gabriel da Costa
Paulina do Carmo Arruda V.Duarte________________________________________
Representante da Secretaria Nacional Antidrogas/GSIPR
Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá ___________________________________
Representante da Câmara de Assessoramento Técnico-Científico do CONAD
Ester Kosovsky _______________________________________________________
Universidade Federal do Rio de Janeiro e OAB-RJ
Edward John Baptista das Neves MacRae _________________________________
Membro do GMT - Representante do CONAD
Roberta Salazar Uchoa_________________________________________________
Membro do GMT - Representante do CONAD
Isac Germano Karniol __________________________________________________
Membro do GMT – Representante do CONAD
Jair Araújo Facundes __________________________________________________
Membro do GMT - Representante de Mestre Raimundo Irineu Serra
Cosmo Lima de Souza _________________________________________________
Membro do GMT - Representante de Mestre Raimundo Irineu Serra
Alex Polari de Alverga _________________________________________________
Membro do GMT - Representante de Padrinho Sebastião
Luis Antônio Orlando Pereira ____________________________________________
Membro do GMT - Representante de Outras Linhas
Wilson Roberto Gonzaga da Costa _______________________________________
Membro do GMT - Representante de Outras Linhas

FONTE: www.ayahuascabrasil.org

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